"O filme é uma metáfora do que sucedeu no Chile. O tema é o vazio humano, o vazio ideológico que caracterizou a era Pinochet e é a herança terrível que ele nos deixou", diz Larrain. Pelas bandas de Brasil e vizinhança, há quem se queixe do roteiro, que não aprofundaria os meandros psicológicos do complexo personagem. A crítica é levada ao diretor, que comenta - "É uma leitura burguesa de um filme que pretende ser antiburguês. Acho bom que as pessoas se manifestem, no Chile ocorreu a mesma coisa, mas esse tipo de frase feita consegue ser mais vazio do que o vazio de que me acusam. E a verdade é que esse vazio não é meu nem do filme. É do personagem, que critico." A provocação do diretor - existem vazios intencionais, que o espectador de Tony Manero tem de preencher. "Isso aqui não é Hollywood, que serve o filme pronto, para que você não pense. Nosso convite não é para que o público dance com Raul. É para que pense com Tony Manero."
SINOPSE: Santiago do Chile, 1978. Em meio ao complicado contexto social da ditadura militar de Augusto Pinochet, um homem de meia-idade, Raúl Peralta (Alfredo Castro), está obcecado com a idéia de se tornar Tony Manero, o famoso personagem interpretado por John Travolta no clássico filme da era disco Os Embalos de Sábado à Noite. A fantasia de encarnar seu grande ídolo, e assim ser reconhecido como uma estrela no mundo do entretenimento, chega a tal nível que acaba levando Raúl a se transforma em um assassino em série.
Título Original: Tony Manero
Título no Brasil: Tony Manero
País de Origem: Chile
Gênero: Drama
Ano de Lançamento: 2008
Áudio: Espanhol/Inglês
Legenda: Português
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